segunda-feira, 4 de abril de 2016

Apostioa história de Canudos

http://historiasdecanudos.blogspot.com.br/
Capa da apostila do concurso de Canudos 2016.






Canudos é um município brasileiro do estado da Bahia. “Localiza-se a uma latitude 09º53’48” sul e a uma “longitude 39º01’35” oeste, estando a uma altitude de 402 metros.
A atual Canudos é a terceira Canudos da região. A primeira surgiu no século XVIII às margens do rio Vaza-Barris, como uma pequena aldeia nos arredores da Fazenda Canudos. Com a chegada de Antônio Conselheiro e seus seguidores, em 1893, o lugar foi rebatizada para Belo Monte, e passou a crescer vertiginosamente. Calcula-se que no seu auge em 1897 contasse com 25.000 habitantes, sendo destruída pelo Exército durante a Guerra de Canudos (1896-1897).
 A segunda Canudos surgiu por volta de 1910, sobre as ruínas de Belo Monte. Seus primeiros habitantes eram sobreviventes da guerra. Depois de uma visita do presidente Getúlio Vargas, em 1940, decidiu-se construir um açude no local. Em 1950, com o princípio das obras de construção da barragem que inundaria o vilarejo, os habitantes começaram a sair, partindo para outras localidades da região, principalmente Bendegó, Uauá, Euclides da Cunha e Feira de Santana. Além disso, um novo vilarejo formou-se aos pés da barragem em construção, numa antiga fazenda chamada Cocorobó, a 20 km da segunda Canudos. Com o término das obras, a segunda Canudos desapareceu por sob as águas do açude de Cocorobó em 1969. O vilarejo de Cocorobó emancipada politicamente em 25 de fevereiro de 1985 e, aproveitando a fama do nome, foi rebatizada de Canudos, tornando-se assim a terceira cidade com este nome.
A terceira Canudos passa a existir a partir da vinda dos moradores do Vilarejo Pombinha Branca para cá. Comerciantes como Zé de Regis, Genário Rabelo, Zé do Barracão, João Crente e outros que passaram a construir casas comerciais com interesse de atender a demanda da população. Já na década de 70 do século XX, passa a ser
chamada de Vila Nova de Canudos, período este, que se inicia também a construção do perímetro irrigado Vaza Barris (PIVB). Em decorrência da construção da barragem e com o apoio do Departamento Nacional de
Obra Contra as Secas (DNOCS), foi implementado o perímetro irrigado do Vaza Barris, melhorando a qualidade de vida da população e aproveitando o potencial hídrico existente. Com o crescimento populacional do local, tentou-se por algumas vezes conseguir a sua independência política, mas, somente sob a égide da Lei Estadual 4.404, de 25 de fevereiro de 1985, tornou-se independente criando assim o Município de Canudos.
Entre 1994 e 2000, as ruínas da segunda Canudos puderam ser vistas no interior do açude, nas épocas de seca.
Canudos possui as seguintes cidades-irmãs:

 Euclides da Cunha, Brasil
 Jeremoabo, Brasil 
 Macururé, Brasil

Localização de Canudos no Brasil

Municípios limítrofes
Jeremoabo (leste); 
Uauá e Monte Santo (oeste) e Macururé e Chorrochó(norte)
Distância até a capital
400 km
Características geográficas
402 m
Tropical Semi-árido
0,562 baixo PNUD/2010 [4]
Outras informações:
Emancipação: 25.02.1985
Bioma. Caatinga                                           DDD: 75
Eleitorado 2014: 12.062 eleitores                       CEP: 48520-000

Área da unidade territorial
3.214,223
km²
Índice de Desenvolvimento Humano Municipal - 2010 (IDHM 2010)
0,562

Número de unidades locais
143
unidades
Pessoal ocupado total
798
pessoas
População residente Censo 2010
15.732
pessoas

População estimada 2015  
    
  17.732
pessoas
População residente – Homens
7.997
pessoas
População residente – Mulheres
7.735
pessoas
População residente alfabetizada
10.806
pessoas
População residente que frequentava creche ou escola
5.453
pessoas
População residente, religião católica apostólica romana
12.592
pessoas
População residente, religião espírita
-
pessoas
População residente, religião evangélicas
1.808
pessoas


Gentílico: CANUDENSE

Prefeito :     GENÁRIO RABELO DE ALCÂNTARA NETO
Lema: O Sertanejo antes de tudo é um forte.                                                                                      


História da Guerra de Canudos (aspecto histórico)
A situação do Nordeste brasileiro, no final do século XIX, era muito precária. Fome, seca, miséria, violência e abandono político afetavam os nordestinos, principalmente a população mais carente. Toda essa situação, em conjunto com o fanatismo religioso, desencadeou um grave problema social. Em novembro de 1896, no sertão da Bahia, foi iniciado este conflito civil. Esta durou por quase um ano, até 05 de outubro de 1897, e, devido à força adquirida, o governo da Bahia pediu o apoio da República para conter este movimento formado por fanáticos, jagunços e sertanejos sem emprego.
O beato Conselheiro, homem que passou a ser conhecido logo depois da Proclamação da República, era quem liderava este movimento. Ele acreditava que havia sido enviado por Deus para acabar com as diferenças sociais e também com os pecados republicanos, entre estes, estavam o casamento civil e a cobrança de impostos. Com estas idéias em mente, ele conseguiu reunir um grande número de adeptos que acreditavam que seu líder realmente poderia libertá-los da situação de extrema pobreza na qual se encontravam. 
Com o passar do tempo, as idéias iniciais difundiram-se de tal forma que jagunços passaram a utilizar-se das mesmas para justificar seus roubos e suas atitudes que em nada condiziam com nenhum tipo de ensinamento religioso; este fato tirou por completo a tranquilidade na qual os sertanejos daquela região estavam acostumados a viver. 
Devido a enorme proporção que este movimento adquiriu, o governo da Bahia não conseguiu por si só segurar a grande revolta que acontecia em seu Estado, por esta razão, pediu a interferência da República. Esta, por sua vez, também encontrou muitas dificuldades para conter os fanáticos. Somente no quarto combate, onde as forças da República já estavam mais bem equipadas e organizadas, os incansáveis guerreiros foram vencidos pelo cerco que os impediam de sair do local no qual se encontravam para buscar qualquer tipo de alimento e muitos morreram de fome. O massacre foi tamanho que não escaparam idosos, mulheres e crianças.
Pode-se dizer que este acontecimento histórico representou a luta pela libertação dos pobres que viviam na zona rural, e, também, que a resistência mostrada durante todas as batalhas ressaltou o potencial do sertanejo na luta por seus ideais. Euclides da Cunha, em seu livro Os Sertões, eternizou este movimento que evidenciou a importância da luta social na história de nosso país.
Conclusão : Esta revolta, ocorrida nos primeiros tempos da República, mostra o descaso dos governantes com relação aos grandes problemas sociais do Brasil. Assim como as greves, as revoltas que reivindicavam melhores condições de vida ( mais empregos, justiça social, liberdade, educação etc..), foram tratadas como “casos de polícia” pelo governo republicano. A violência oficial foi usada, muitas vezes em exagero, na tentativa de calar aqueles que lutavam por direitos sociais e melhores condições de vida.

A figura de Antônio Conselheiro
Antônio Vicente Mendes Maciel, apelidado de “Antônio Conselheiro”, nascido em Quixeramobim (CE) em 13 de março de 1830, de tradicional família que vivia nos sertões entre Quixeramobim e Boa Viagem, foi comerciante, professor e advogado prático nos sertões de Ipu e Sobral. Após a sua esposa tê-lo abandonado em favor de um sargento da força pública, passou a vagar pelos sertões em uma andança de vinte e cinco anos. Chegou a Canudos em 1893, tornando-se líder do arraial e atraindo milhares de pessoas. Acreditava que a República, recém-implantada no país, era a materialização do reino do Anti Cristo na Terra, uma vez que o governo eleito seria uma profanação da autoridade da Igreja Católica para legitimar os governantes. A cobrança de impostos efetuada de forma violenta, a celebração do casamento civil e a separação entre Igreja e Estado eram provas cabais da proximidade do “fim do mundo”.
Arraial de Canudos
Canudos era uma pequena aldeia que surgiu durante o século XVIII nos arredores da Fazenda Canudos, às margens do rio Vaza-Barris. Com a chegada de Antônio Conselheiro em 1893 passou a crescer vertiginosamente, em poucos anos chegando a contar por volta de 25 000 habitantes. Antônio Conselheiro rebatizou o local de Belo Monte, apesar de estar situado num vale, entre colinas.
imprensa, o clero e os latifundiários da região incomodaram-se com a nova cidade independente e com a constante migração de pessoas e valores para aquele novo local. Aos poucos, construiu-se uma imagem de Antônio Conselheiro como “perigoso monarquista” a serviço de potências estrangeiras, querendo restaurar no país a forma de governo monárquica. Difundida através da imprensa, esta imagem manipulada ganhou o apoio da opinião pública do país para justificar a guerra movida contra os habitantes do arraial de Canudos.[3]

Situação social na época
O governo da República recém-instaurada precisava de dinheiro para materializar seus planos, e só se fazia presente no Sertão pela cobrança de impostos. A escravidão havia acabado poucos anos antes no país, e pelas estradas e sertões, grupos de ex escravos vagavam, excluídos do acesso à terra e com reduzidas oportunidades de trabalho. Assim como os caboclos sertanejos, essa gente paupérrima agrupou-se em torno do discurso do peregrino Antônio Conselheiro, acreditando que ele poderia libertá-los da situação de extrema pobreza ou garantir-lhes a salvação eterna na outra vida.
Guerra de Canudos
Campanha de Canudos, [1] foi o confronto entre o Exército Brasileiro e os integrantes de um movimento popular de fundo sócio-religioso liderado por Antônio Conselheiro, que durou de 1896 a 1897, então na comunidade de Canudos, no interior do estado da Bahia, no nordeste do Brasil.
A região, historicamente caracterizada por latifúndios improdutivos, secas cíclicas e desemprego crônico, passava por uma grave crise econômica e social. Milhares de sertanejos e ex-escravos partiram para Canudos, cidadela liderada pelo peregrino Antônio Conselheiro, unidos na crença numa salvação milagrosa que pouparia os humildes habitantes do sertão dos flagelos do clima e da exclusão econômica e social.
Os grandes fazendeiros da região, unindo-se à Igreja, iniciaram um forte grupo de pressão junto à República recém-instaurada, pedindo que fossem tomadas providências contra Antônio Conselheiro e seus seguidores. Criaram-se rumores de que Canudos se armava para atacar cidades vizinhas e partir em direção à capital para depor o governo republicano e reinstalar a Monarquia.
Apesar de não haver nenhuma prova para estes rumores, o Exército foi mandado para Canudos.[2] Três expedições militares contra Canudos saíram derrotadas, o que apavorou a opinião pública, que acabou exigindo a destruição do arraial, dando legitimidade ao massacre de até vinte mil sertanejos. Além disso, estima-se que cinco mil militares tenham morrido. A guerra terminou com a destruição total de Canudos, a degola de muitos prisioneiros de guerra, e o incêndio de todas as casas do arraial.
O estopim e a primeira expedição
Outubro de 1896 – Ocorre o episódio que desencadeia a Guerra de Canudos. Antônio Conselheiro havia encomendado uma remessa de madeira, vinda de Juazeiro, para a construção da igreja nova, mas a madeira não foi entregue, apesar de ter sido paga. Surgem então rumores de que os conselheiristas viriam buscar a madeira à força, o que leva as autoridades de Juazeiro a enviar um pedido de assistência ao governo estadual baiano, que manda um destacamento policial de cem praças, sob comando do Tenente Manuel da Silva Pires Ferreira. Após vários dias de espera em Juazeiro, vendo que o rumor era falso, o destacamento policial decide partir em direção à Canudos, em 24 de novembro. Mas a tropa é surpreendida durante a madrugada em Uauá pelos seguidores de Antônio Conselheiro, que estavam sob o comando de Pajeú e João Abade. Vinham como quem vinha para reza, ou para a guerra. Foram recebidos à bala pelos sentinelas  semiadormecidos e surpresos. Era a guerra. Manoel Neto assim descreve: “Estabelecia-se, sangrento, o 1º fogo previsto pelo Conselheiro, e a pacata Uauá transformava-se em violento território de combate. O próprio Tenente Pires Ferreira descreve o ataque destacando a “incrível ferocidade” dos assaltantes e a forma pouco convencional como organizavam suas manobras, isto é, usando apitos. A celeridade e a rapidez com que a luta se deu propiciou vantagem inicial aos conselheiristas. Adentraram ao arraial onde ocuparam algumas casas. A lógica, entretanto, prevaleceu. Armados e municiados com equipamentos mais modernos e letais, os soldados do 9º Batalhão de Infantaria impuseram pesadas baixas as forças belomontenses. A crueza do combate foi inegável, sendo que o uso de armas como “facões de folha-larga, chuços de vaqueiro, ferrões ou guiadas de três metros de comprimentos, foices, varapaus e forquilhas, sob o comando de Quinquim Coiam” utilizados em lutas de corpo a corpo produziam cenas dantescas. Foram entre 4 e 5 horas de pânico, sangue, horror e gestos de bravura e pânico. Contabilizadas as baixas de ambas facções, os números determinava a vitória militar das tropas governamentais. No relatório oficial, Pires Ferreira informa que pereceram na batalha, dentre as hostes conselheiristas “cento e cinquenta, fora os feridos”. (Neto, Manoel. idem )
Passadas várias horas de combate, os canudenses, comandados por João Abade, resolveram se retirar, deixando para trás um quadro desolador.
Apesar da aparente vitória, a expedição estava derrotada, pois não tinha mais forças nem coragem para atacar Canudos. Naquela mesma tarde, saqueou e incendiou Uauá e retornou para Juazeiro, com o saldo de 10 mortos (um oficial, sete soldados e os dois guias) e 17 feridos.
Estas perdas, embora consideradas “insignificantes quanto ao número” nas palavras do comandante, ocasionaram a retirada das tropas.
A segunda expedição
Janeiro de 1897 - Enquanto aguardavam uma nova investida do governo, os jagunços fortificavam os acessos ao arraial. Comandada pelo major Febrônio de Brito, depois de atravessar a serra do Cambaio, uma segunda expedição militar contra Canudos foi atacada no dia 18 e repelida com pesadas baixas pelos conselheiristas, que se abasteciam com as armas abandonadas ou tomadas à tropa. Os sertanejos mostravam grande coragem e habilidade militar, enquanto Antônio Conselheiro ocupava-se da esfera civil e religiosa.
A terceira expedição
Março de 1897 - Na capital do país, diante das perdas e a pressão de políticos florianistas que viam em Canudos um perigoso foco monarquista, o governo federal assumiu a repressão, preparando a primeira expedição regular, cujo comando confiou ao coronel Antônio Moreira César, considerado pelos militares um herói do exército brasileiro, e popularmente conhecido como “corta-cabeças” por ter mandado executar mais de cem pessoas a sangue frio na repressão à Revolução Federalista em Santa Catarina. A notícia da chegada de tropas militares à região atraiu para lá grande número de pessoas, que partiam de várias áreas do Nordeste e iam em defesa do “homem Santo”. Em 2 de março, depois de ter sofrido pesadas baixas, causadas pela guerra de guerrilhas na travessia das serras, a força, que inicialmente se compunha de 1.300 homens, assaltou o arraial. Moreira César foi morto em combate, tendo o comando sido passado para o coronel Pedro Nunes Batista Ferreira Tamarindo, que também tombou no mesmo dia. Abalada, a expedição foi obrigada a retroceder. Entre os chefes militares sertanejos destacaram-se PajeúPedrão, que depois comandou os conselheiristas na travessia de Cocorobó, Joaquim Macambira e João Abade, braço direito de Antônio Conselheiro, que comandou os jagunços em Uauá.
A quarta expedição
Abril de 1897 - No Rio de Janeiro, a repercussão da derrota foi enorme, principalmente porque se atribuía ao Conselheiro a intenção de restaurar a monarquia. Jornais monarquistas foram empastelados e Gentil José de Castro, gerente de dois deles, assassinado. Em abril de 1897, o ministro da Guerra, marechal Carlos Machado de Bittencourt preparou uma expedição, sob o comando do general Artur Oscar de Andrade Guimarães, composta de duas colunas, comandadas pelos generais João da Silva Barbosa e Cláudio do Amaral Savaget, ambas com mais de quatro mil soldados equipados com as mais modernas armas da época.
Junho de 1897 - O primeiro combate verificou-se em Cocorobó, em 25 de junho, com a coluna Savaget. No dia 27, depois de sofrerem perdas consideráveis, os atacantes chegaram a Canudos. Durante os primeiros meses, as tropas conseguem pouco resultado. Os sertanejos estão bem armados com armas abandonadas pela expedição anterior, e o exército não tem a infra-estrutura necessária para alimentar suas tropas, que passam fome.
Agosto de 1897 - O próprio ministro da Guerra, marechal Carlos Machado de Bittencourt, seguiu para o sertão baiano e se instalou em Monte Santo, com o intuito de colocar um fim ao caos em que estava o abastecimento das tropas. Monte Santo se torna base das operações.[6]
Mulheres e crianças, seguidoras de Antônio Conselheiro, presas durante os últimos dias da guerra.
Setembro de 1897 - Após várias batalhas, a tropa conseguiu fechar o cerco sobre o arraial. Antônio Conselheiro morreu em 22 de setembro, supostamente em decorrência de uma disenteria. Após receber promessas de que a República lhes garantiria a vida, uma
parte da população sobrevivente se rendeu com bandeira branca, enquanto um último reduto resistia na praça central do povoado. Apesar das promessas, todos os homens presos, e também grupos de mulheres e crianças acabaram sendo degolados - uma execução sumária que se apelidou de “gravata vermelha”. [7] Com isto, a Guerra de Canudos acabou se constituindo num dos maiores crimes já praticados em território brasileiro.[8]
Outubro de 1897 - O arraial resistiu até 5 de outubro de 1897, quando morreram os quatro derradeiros defensores. O cadáver de Antônio Conselheiro foi exumado e sua cabeça decepada a faca. No dia 6, quando o arraial foi arrasado e incendiado, o Exército registrou ter contado 5.200 casebres.
RESULTADO
O conflito de Canudos mobilizou aproximadamente doze mil soldados oriundos de dezessete estados brasileiros, distribuídos em quatro expedições militares. Em 1897, na quarta incursão, os militares incendiaram o arraial, mataram grande parte da população e degolaram centenas de prisioneiros. Estima-se que morreram ao todo por volta de 25 mil pessoas, culminando com a destruição total da povoação.
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Pós Guerra
Na década de 40 do século XX, o então presidente da República, Getúlio Vargas, em visita à região, em contato com a população local, recebe uma reivindicação do senhor Isaías Canário para a construção de uma barragem represando o rio Vaza Barris. O pedido foi atendido, e em 1951 foram iniciados os estudos de sondagem para a
construção da barragem. O lugar escolhido foi no mesmo local do acontecimento histórico da guerra, dando a entender que o intuito do governo era apagar qualquer vestígio que lembrasse o acontecimento.
Ainda na década de 50 do mesmo século, iniciou-se a construção do açude e antes da inundação da segunda Canudos, a vila Pombinha Branca já existia próxima a fazenda Cocorobó. Assim, com a ameaça de inundar o povoado, seus moradores resolveram se mudar para a Lagoa (local onde atualmente é a cidade de Canudos),
trazendo consigo a imagem de Santo Antônio que desde sempre foi considerado padroeiro de Canudos.
Assim em 03 de março de 1969 a segunda Canudos foi coberta pela represa denominada açude Cocorobó, que recebeu este nome devido à existência de uma fazenda chamada fazenda Cocorobó (nome indígena), localizada às margens do rio Vaza Barris.
Lembrando que a segunda Canudos foi destruída dessa vez pelas águas e não pelo
sangue.

Açude Cocorobó
A grande obra feita pelo DNOCS na cidade de Canudos-Ba
O Açude Cocorobó foi construído em 1967 com a finalidade de regularização de vazões ( vazão regularizada de 2,4 m³/s ), é fonte de suprimento do Perímetro Irrigado Vaza-Barris e de abastecimento d’água para a Sede do Município de Canudos, para povoados e aglomerados humanos, localizados rio abaixo nos municípios de Canudos e Jeremoabo, como também áreas de irrigação privadas em um trecho de aproximadamente 90 Km, sendo que estes municípios estão entre os mais castigados pelas estiagens no semi-árido baiano.
As condições adversas do clima e da pobreza na região levaram, no início do século passado, a população local, sob a liderança de Antônio Conselheiro, a estabelecer um movimento de protesto, que passou para a história como “A Guerra de Canudos”.
A barragem de Cocorobó foi estudada e construída a partir da reivindicação de um chefe político local, o Coronel Canário, feita ao então Presidente Getúlio Vargas quando este visitou o antigo povoado de Canudos, em 1945.
O local selecionado para implantação da obra, embora o mais indicado do ponto de vista geológico, morfológico e estrutural, devido as proximidades de um falhamento tectônico de grandes proporções existente a jusante, motivou, após o enchimento do lago, a submersão do sítio histórico e a remoção prévia de seus habitantes para a Vila Nova de Canudos, hoje Sede do novo Município de Canudos.
O crescimento e o desenvolvimento da região de Canudos obtidos a partir dos investimentos feito pelo DNOCS, podem ser facilmente ressaltados pela melhoria obtida no padrão de vida e na renda média da população.

CARACTERIZAÇÃO DO PERÍMETRO
Implantação em 1973 pelo DNOCS
LOCALIZAÇÃO:
Trópico semiárido do nordeste, no Município de Canudos, estado da Bahia, com coordenadas geográficas 9º 54’ de latitude sul e 39º 07’ de longitude oeste, às margens do rio Vaza Barris e à jusante da barragem do açude Cocorobó, em uma altitude de 397 m acima do nível do mar.

BACIA DO RIO VAZA-BARRIS
O rio nasce na Bahia, na serra da borracha na cidade de Monte Santo próximo a Canudos, atravessa Sergipe de Oeste a Leste e deságua no Oceano Atlântico através de amplo estuário no povoado Mosqueiro. Exploração turística através de passeios de catamarã e é fonte de renda e alimentação dos pescadores. Em algumas áreas possui águas límpidas e áreas com manguezais e praias desertas e abriga as ilhas de  paraíso e dos manguezais (croa do gore).
 No estado da Bahia abrange uma área de aproximadamente 14.503 km2, sendo que seu baixo curso, corta o estado de Sergipe, desaguando no oceano atlântico. O trecho baiano desta bacia, encontra-se inserido numa região onde ocorre o predomínio do clima semi-arido.
 Os principais municípios no entorno da bacia são UAUÁ, CANUDOS, JEREMOABO, ANTAS, ADUSTINA, PEDRO ALEXANDRE E PARIPIRANGA.
 Visando suprir o défit hídrico foram construídos açudes destinados ao abastecimento público e utilização de águas subterrâneas.



                                  






















ACESSO:
Distando 400 km da cidade de Salvador, capital do estado da Bahia, o perímetro irrigado Vaza Barris tem acesso pelas rodovias BR 235 e Br 116.

CLIMA:
Pluviosidade média anual de 450 mm Temperatura média anual de 30 ºC, com mínima de 23 ºC (julho) e máxima de 37 ºC (janeiro) Evaporação anual de1.800 mm.
A região encontra-se inserida no polígono das secas, apresentando um clima árido e semi-árido, com temperatura média anual de 23,9ºC. O açude Cocorobó é importante porque foi implantado no centro fisiográfico do semi-árido baiano onde a pluviosidade anual é uma das mais baixas do Nordeste e do Brasil, média de 454 mm/ano, já se podendo configurar como região semidesértica. Aí se observam os maiores índices de aridez do polígono da seca, mais baixa pluviosidade e mais elevada insolação.
GRÁFICO DE TEMPERATURA--GRÁFICO CLIMÁTICO     
Hidrografia
A cidade de canudos fica no vale do Vaza-Barris, um rio brasileiro que banha os estados da Bahia e Sergipe. Sua nascente localiza-se no sopé da Serra dos Macacos, sertão da Bahia, próximo ao município de Uauá. Geograficamente, o ponto exato onde ele começa é uma várzea denominada Alagadiço Grande, normalmente seco, só aparece quando chove. Em seu curso natural, mais à frente, forma a Lagoa dos Pinhões, que é o referencial de sua nascente, já que é mais estável na época da seca.
É um rio perene, com cerca de 450 quilômetros de comprimento que atravessa a Bahia, onde nasce passando por Sergipe e desaguando no litoral sergipano, no local denominado Mosqueiro. Em seu percurso, localiza-se a Cachoeira do Jacoca, no município de Macambira, em Sergipe. Nesse local forma um desfiladeiro com mais de 40 metros de altura.
Em abril de 1968, foi construído o açude de Cocorobó no seu baixo curso, já próximo à foz.
     
Vegetação de Canudos
A vegetação típica da região de Canudos é chamada de caatinga, caracterizada por espécies com poucas folhas e muitos espinhos, sobretudo cactos, presença de arbustos com galhos retorcidos e raízes profundas. Arbustos na época de seca costumam perder folha para evitar a perda de água.
fato este bem típico desta região e dos municípios vizinhos. Formam verdadeiro contínuo de caatinga com fisionomias bastante variadas, ocorrendo principalmente a arbórea (densa ou aberta), onde indivíduos da família cactáceas se destacam na paisagem.
Quando a chuva chega, os leitos secos dos rios ganham um grande volume de água. Porém, voltam a secar algumas horas depois, deixando apenas poças onde os animais aproveitam da água.
RELEVO:
O relevo, esculpido em rochas
sedimentares da bacia do Tucano, metassedimentar
es do grupo Vaza-Barris e em terrenos ígneos
metamórficos do embasamento cristalino, corresponde a chapadas do Raso da Catarina, tabuleiros,
pediplano, encostas, vales, morros e serras cortados por sistema de drenagem que integra a rede
hidrográfica do rio Vaza-Barris e irrigado pelo açude Cocorobó
Terras altas com declividade moderada a forte.

SOLOS:
Classificados como Vertis solos torrentes e associações vérticas com entissolos e eridissolos, de textura fina, propensos às salinização.
Solos dos tipos neossolo álico, eutrófico e distrófico, cambissolo eutrófico, luvissolo e planossolo solódico eutrófico, sustentam a vegetação nativa caracterizada por caatinga arbórea aberta e densa sem palmeiras, caatinga arbórea
densa com palmeiras, contato cerrado – caatinga e pastagem natural. Parte da vegetação nativa foi substituída por pastagem plantada e lavouras.

 Geologia (Ocorrências minerais)
A geologia do município abrange as seguintes unidades: complexos Uauá, Santa Luz, e Tonalito Capim (Arqueano); sequência vulcanossedimentar do greenstone belt do Rio Capim, além de granitóides Tardi a Pós-Tectônicos (Paleoproterozóico); grupos Macururé, Simão Dias, Vaza-Barris, Estância, e granitóides Cedo a Sin-Orogênicos (Neoproterozóico); sedimentos da baciade Tucano (Mesozóico) e formações superficiais (Cenozóico). Na porção sudoeste da área afloram as rochas do embasamento Arqueano, definidas pelo complexo Uauá (biotita-hornblenda ortognaisses, tonalítico a granodiorítico, granulíticos e por gnaisses bandados, por vezes migmatizado, com alternância de lentes quartzo-feldspáticas), complexo Santa Luz (ortognaisses migmatíticos, paragnaisses, quartzitos, metamáficas, calcissilicáticas e mármores) e Tonalito Capim (tonalitos, granodioritos e granitos, calcialcalinos normais, metaluminosos). O complexo Santa Luz, encontra-se intrudido por corpos máficos e ultramáficos indiferenciados. Ainda nesta região,são observadas intrusões de granitóides tardi a pós-tectônico, paleoproterozóicos, que incluem granitos, granodioritos e monzonitos, calcialcalinos de alto K, metaluminosos. No extremo oeste, ocorrem estreitas faixas do greenstone belt do Rio Capim, formadas por metavulcanitos máficos e félsicos, rochas calcissilicáticas, metagabros, gnaisses aluminosos, metapelitos e metacherts. Na parte central do município, predominam: xistos, metagrauvacas, metarenitos, metassiltitos e metarritmitos do grupo Macururé; filitos, metarenitos, metarritmitos(calcários, folhelho, siltitos e filitos), metagrauvacas e lentes de metabásicas da formação Frei Paulo (grupo Simão Dias);metadiamictitos de matriz grauváquica, filitos, emmparte seixoso e lentes de quartzito, e mármores (calcários e dolomitos), metarritmitos (mármoresefilito piritoso), metapelitos, em parte calcíferos, e metachert subordinados das formações Palestina e Olhos D’Água respectivamente (grupo Vaza-Barris), além de xistos, filitos calcíferos, metapelitos e metacalcilutitos e, calcarenitos, calcilutitos, conglomerado e arenito na base das formações Acauã e Acauã e Juetê Indivisas respectivamente (grupo Estância). A norte, observam-se exposições da suíte Peraluminosa Cocorobó (ortognaisses granodioríticos estratóides cedo a sin-orogênicos). Na porção leste e sudeste do município afloram os sedimentos da bacia de Tucano representados por: arenitos finos a conglomeráticos, conglomerados, folhelhos e calcilutitos, do grupo Brotas Indiviso; folhelhos e siltitos, em parte calcíferos com intercalações de arenitos e carvão do grupo Santo Amaro Indiviso; intercalações de folhelhos e arenitos, margas, arenitos calcíferos, folhelhos carbonosos, siltitos e calcilutitos do grupo Ilhas; arenitos com intercalações de argilitos folhelhos e siltitos da formação São Sebastião; argilitos, folhelhos, siltitos, calcários, coquinas, conglomerados e arenitos da formação Poço Verde (grupo Massacará), e conglomerados, arenitos,
folhelhos, siltitos e calcários da formação Marizal. A leste da sede municipal, em pequeno trecho ao longo do rio Vaza-Barris, ocorrem depósitos aluvionares recentes, constituídos de areia com intercalações de argila e cascalho além de restos de matéria orgânica.
Em andamento tem extração de Quartzo na Pedra Branca Município de Jeremoabo.
Usado na fabricação de vidro de relógios, bijuterias, peças de aparelho eletrônicos.



Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea
Diagnóstico do Município de Canudos
Estado - BAHIA


Perimetro irrigado vaza barris
Esteio da economia local, o Perímetro Irrigado Vaza-Barris é conhecido pela vasta produção de banana, quiabo, manga, coco, pimentão, alface, coentro, melancia e tomate. Os lotes, ao longo dos cerca de 15 km de extensão irrigados por ação da gravidade a partir do açude de Cocorobó, e a exploração da terra fica a cargo dos colonos. Fora a sua importância econômica que gera ao Município de Canudos uma renda de aproximadamente R$ 13.694.000,00 anual como se vê na tabela abaixo.
PLANTIO
HECTARES
TONELADAS
UNIDADE
VALOR
BANANA
1.300hr
23.400.000 ANO

11.700.000,00
QUIABO
60HR
16.000 ANO

960.000,00
MANGA
08HR
100.000 ANO

30.000,00
COCO
12HR

60.000
24.000,00
PIMENTÃO
40HR
40.000 ANO

160.000,00
ALFACE
20HR
10.000 ANO

200.000,00
COENTRO
80HR
80.000 ANO

400.000,00
MELANCIA
10HR
80.000 ANO

20.000,00
TOMATE
10HR
50.000 ANO

200.000,00



TOTAL DO PERIMETRO ANO

13.694.000,00

FONTE HÍDRICA:
Açude público de Cocorobó.
Capacidade de armazenamento de 245.376.000 m³
Vazão regularizada de 2,4 m³/s por ano
Bacia hidráulica com 45,1 Km²
Bacia hidrográfica de 3.600 Km²
Vazão destinada à irrigação é de 4,6 m³/s.




PONTOS TURISTICOS
Canudos Velho
Aldeia de pescadores que fica bem próxima a área da antiga Canudos. Há pouco tempo atrás a diversão das crianças do Alto Alegre ainda era colecionar balas (de chumbo) pelo chão. No Alto alegre hoje existe uma casinha de apenas um cômodo que funciona o museu histórico de Canudos. Lá foi guardado tudo que foi encontrado nestes últimos anos pelos lugares onde foram travados os combates e o que restou da cidade incendiada. Tem oratórios, antigos facões, punhais, capacetes de soldados, clavinotes, ferro de passar roupas, baú de couro, cartuchos de bala, máquina de costurar, fotos, ferraduras de cavalos, além de outros.
O antigo belo monte, hoje conhecido como Canudos Velho se tornou um lugar turístico não só pelos acontecimentos do passado, mas por ter grande potencial na área de laser como: dar um excelente mergulho no açude de cocorobó, praticar esportes aquáticos, além de poder navegar até a antiga igreja, hoje submersa.

Museu Manoel Travessa
Pequeno museu, localizado no povoado de Canudos Velho, de propriedade de um cidadão canudense com o mesmo nome, abriga uma coleção particular de achados, artefatos, etc. contemporâneos da Guerra de Canudos. À frente do museu encontra-se uma estátua do Conselheiro.

Mirante
Construído em  1998, pela Prefeitura Municipal de Canudos em convênio com o Ministério da Cultura, com o intuito de resgatar a história de Canudos, além de proporcionar aos moradores e visitantes um local de absoluta tranquilidade, ideal para quem gosta de admirar belas paisagens.
         No mirante existe bar que abre todos os finais de semana  com show ao vivo. La, você pode degustar um excelente tira gosto, além de tomar aquela cerveja bem gelada.   

Prainha
Lugar é ideal para quem procura um pouquinho de tranquilidade além de se refrescar do imenso calor nas águas do açude Vaza Barris, pode tomar uma cervejinha bem gelada, degustar um bom pirão de peixe ou um bode assado na brasa.
 O local é ideal para a prática de esportes aquáticos. 

Parque estadual
região demarcada que corresponde ao local onde aconteceram as diversas batalhas e os combates, durante a guerra. O Parque Histórico de Canudos é uma reserva ecológica e histórica com área de 1.300 hectares. Lá há ainda sítios históricos como o Riacho da Umburana, por cujo leito seco as tropas republicanas se deslocavam para Canudos, vindas da cidade de Queimadas, para evitar cruzar a caatinga. Serra do Cambaio, local onde aconteceram lances heroicos, Serra do Angico próxima ao local da sepultura do Coronel Tamarindo e onde morreu o Coronel da 3ª expedição Moreira César. Também próximo a serra do angico esta o povoado do Rosário, antiga fazenda onde as tropas federais descansavam e se abasteciam de água.  Outros locais que fazem parte do parque são: Vale da Morte, palco de mais um combate, onde estão enterrados muitos corpos dos combatentes e a lagoa de cipó, que ficou conhecida como lagoa de sangue. Contam que por lá morreram mais de 300 jagunços.
Apenas a titulo de ilustração no ano de 2012 foram cerca de 10.000 visitantes. Criado em 1986, pelo  Governo do Estado da Bahia, através do Decreto Estadual nº 33.333, agurda de Parque fiou sob a responsabilidade da Uneb que implantou uma infraestrutura, com demarcação de sítios históricos e arqueológicos, no PEC, têm sido realizadas pesquisas arqueológicas que permitem obter achados importantes que compõe o acervo do Memorial Antônio Conselheiro.
Memorial Antônio Conselheiro-MAC
Importante equipamento, mantido pela UNEB, é constituído de museu histórico-arqueologico; Laboratório de arqueologia; exposição de fotografias “Imagens de Canudos”; exposição “Euclides da Cunha em Canudos”; exposição “História de Canudos”; Exposição “Arqueologia em Canudos”; Jardim Temático-Praça João de Régis; CIA de Teatro de Canudos; Miniteatro e Biblioteca.
Ararinha Azul-de-Lear
A arara-azul-de-lear (Anodorhynchus leari) é uma ave da família Psitacídea, originalmente encontrada nas matas brasileiras, hoje é vista raramente e o seu estado de conservação é crítico. Pode ser encontrada no interior do estado da Bahia.
Essa arara torna-se madura para a reprodução aos 3 anos e sua época reprodutiva é entre novembro e março. Normalmente nascem 2 filhotes por vez e a gestação dura em torno de 30 dias. Depois do nascimento das araras azuis, elas ficam cerca de 3 meses no ninho sob cuidado dos pais, até se aventurarem no primeiro voo.
Restrita à caatinga baiana, na eco região do Raso da Catarina, mais precisamente nos municípios de Canudos, Euclides da Cunha, Jeremoabo, Monte Santo, Santa Brígida, Paulo Afonso, Sento Sé e Campo Formoso, a Arara-azul-de-lear é uma das aves brasileiras menos conhecidas e mais ameaçadas de extinção. As ameaças à espécie vão desde a captura e comércio ilegal dessas aves até à intensa perda de habitat, ocasionados pela derrubada da mata nativa por atividades agropecuárias de subsistência, principalmente a criação de caprinos e o cultivo de milho.
As áreas de alimentação são determinadas por concentrações de palmeiras licuri (Syagrus coronata) em meio a árvores mais altas, isso se dá pelo fato de que o bando de Araras-azul-de-lear fica pousado em uma árvore alta enquanto indivíduos (sentinelas) partem para uma vistoria no local de alimentação e só depois o bando todo vai ao local para uma última conferência, e aí sim podem descer às áreas e desfrutar dos cocos de licuri nas árvores ou caídos no solo, o principal item na alimentação dessas araras. Além do licuri, utilizam também os frutos de pinhão, umbu e mucumã. Por vezes foram avistados bandos de araras forrageando em plantações de milho, o que acarreta conflito com agricultores, resultando em abate de aves nessas regiões. Em contrapartida, as criações de cabras na região ameaçam a recomposição natural da vegetação, pois as cabras usualmente devoram as mudas nativas.
Com a chegada das chuvas no final do ano, inicia-se a época reprodutiva. Os casais se separam do resto do bando e fazem seus ninhos em cavidades, nos íngremes paredões de arenito, onde os poucos casais reprodutores criam seus filhotes, numa média de dois por período reprodutivo. Existem dois sítios de nidificação e dormitório, um em Canudos, na região conhecida como Toca Velha, uma RPPN de propriedade da Fundação Bio diversivas e em Jeremoabo, ao sul da Estação Ecológica do Raso da Catarina, unidade de conservação federal administrado pelo ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade).
Bastante semelhante à Arara-azul-grande (Anodorhynchus hyacinthinus), a Arara-azul-de-lear é mais arisca, nitidamente menor, com uma plumagem mais desbotada, sendo o dorso e a cauda azul cobalto. Uma exceção em relação às outras araras-azuis é o fato de não dormirem empoleiradas, e sim em fissuras dos cânions, onde chegam aos finais de tarde, fazendo estardalhaço e sobrevoando aos bandos até acomodarem-se.
É conhecida cientificamente há 150 anos, mas seu território de ocupação foi descrito há apenas 30 anos. Estima-se que ainda existam cerca de 1000 indivíduos na natureza, isso graças aos esforços voltados para a sua conservação, pois a Arara-azul-de-lear continua criticamente ameaçada de extinção. Esse alto grau de ameaça, aliado ao baixo grau de conhecimento dos comportamentos naturais da espécie, o que dificulta a sua reprodução em cativeiro, justificou a criação no ano de 1992 do “Comitê para Recuperação e Manejo da Arara-azul-de-lear”, cujos integrantes juntamente com o IBAMA, e recentemente o ICMBio, através do CEMAVE (Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade), representam instituições nacionais e internacionais de pesquisa e visam a perpetuação da espécie através da elaboração de planos de manejo em cativeiro, conservação, reprodução, reabilitação e, se possível, reintrodução da espécie.
Entorno do Rio da Toca Velha                                                
Localizada a 6 km da sede do município, o Entorno do Rio da Toca da Velha resguarda uma fauna e flora de rara beleza. Este verdadeiro santuário ecológico abriga uma vasta gama de espécies vegetais, como umbuzeiros, favelas, mandacarus, macambiras e xiquexiques. Dentre os espécimes animais, destaque para a Arara-azul-de-lear, uma das aves mais ameaças de extinção. Para poder desfrutar deste paraíso ecológico, o visitante tem que pedir a liberação na Fundação Biodiversitas. Depois, é só aproveitar o espetáculo da natureza.

Serra da Toca Velha
Local de grande importância de preservação ambiental, a Serra da Toca Velha é uma região formada por paredões de arenito que servem de abrigo para as araras-azuis-delear. Considerada criticamente ameaçada de extinção, a arara-azul-de-lear é uma espécie endêmica do sertão do Nordeste da Bahia, ocorrendo apenas no Raso da Catarina.
Estima-se que atualmente existam apenas 700 indivíduos na natureza, além de 38 em cativeiro em Centros de Reprodução no Brasil e no exterior. Criada em 1993 com o objetivo de proteger aquele santuário, a Estação Biológica de Canudos possui atualmente uma área de aproximadamente 1.500 ha que abriga todos os paredões que servem de dormitório e área de nidificação para a espécie na região da Toca Velha, além
de contar com duas bases de campo construídas como pontos de apoio para funcionários, pesquisadores e visitantes.

Fauna
 Já foram descobertas 240 espécies de peixes de água doce. Entre as aves, a constatação da riqueza de vida do semi-árido não é diferente: são 510 espécies, sendo que mais de noventa por cento delas reproduzem-se na própria região. Na lista de aves do ecossistema em processo de extinção aparecem espécies conhecidas, como o maracanã (Ara maracana) e o pintassilgo-do-nordeste (Carduellis yarelli).
A caatinga também é berço de espécies de mamíferos, como a onça-pintada, o tamanduá-bandeira e a jaguatirica. Entre os primatas, são encontrados duas variações de guaribas: o macaco-prego e o macaco-sauá, recém-descoberto na região de Canudos.

Manifestações Religiosas e Folclóricas
As manifestações culturais no município de Canudos são de causar um verdadeiro
impacto naqueles que comparecem e participam das apresentações dos espetáculos.
Atraí intensamente a atenção do público que a presencia e proporciona ao espectador
nessas atividades, tanto de cunho religioso como cultural, uma diversificação
imponderável. São obrigatórias e imperdíveis aos que visitam a cidade. Segue abaixo
algumas das mais importantes produções culturais:

Romaria da Igreja Católica
Manifestação religiosa, promovida pela Igreja Católica, acontece anualmente no mês de outubro.


Festa de Santo Antônio
Festa que ocorre na sede do município. Inicia com uma trezena que se encerra no dia 13 de junho - dia de Santo Antônio e aniversário de Antônio Conselheiro – se constitui em um verdadeiro momento de confraternização entre os filhos da terra bem como para a população circunvizinha.

Festa de São Pedro
Festa que ocorre no dia 29 de junho, dia de São Pedro, em Canudos Velho, com procissão às margens do açude Cocorobó.

Banda de Pífanos de Bendengó
Já bastante conhecida em canudos, ultrapassou as fronteiras do município com edição de CD’s e apresentações musicais na região e em Salvador. A música é destaque no município, com diversos cantores-compositores, bandas, etc, destacando o cantor-compositor Bião de Canudos e a Banda Zezinho da Ema, esta com aceitação pública no Brasil, sobretudo no nordeste.

Celebração pelos Mártires de Canudos - Romaria do Pe. Enoque
Celebração aos mártires de Canudos liderada pelo Padre Enoque a cerca de vinte anos, com participação de lideranças comunitárias, intelectuais e estudiosos da Bahia e de outros estados, que ocorre no mês de outubro, mês da celebração do final da Guerra de canudos. O evento acontece às margens do açude Cocorobó em Canudos Velho.

Data dos festejos
DATA
Eventos Culturais
Local
06 de janeiro
Reisado
Canudos
09 de janeiro
Vaquejada
Malhada da Aroeira
10 de janeiro
Vaquejada
Mata Burro
17,18 e 19 janeiro
Festejo de São Sebastião
Rosário
30 de janeiro
Reisado
Queimada do Jerônimo
24 de fevereiro
Dia Municipal dos Evangélicos
Canudos
25 de fevereiro
Aniversário de Canudos
Canudos
19 de março
Festejos de São José
Barriguda
19 de março
Festejos de São José
Núcleo II 150
23 de abril
Festejos de São Jorge
Bom Jardim
30 de maio
Marcha para Jesus
Canudos
1º a 13 de maio
Festejos de N. Senhora das Graças
Bendegó
1º de junho
Alvorada de Canudos
Canudos
1º a 13 de junho
Festejos de  Santo Antônio
Canudos
04 de junho
Cavalgada de Canudos
Canudos
23 de junho
Festejos de São João
Raso
29 de junho
Festejos de São Pedro
Canudos velho
02 de julho
Festejos de São Pedro
Sítio do Tomaz
11 de Julho
Festejos de São Bento
São Bento
16 de julho
Festa dos Colonos
Núcleo II 150
06 de agosto
Festejos ao Bom Jesus da lapa
Penedo
13 de agosto
Festejos ao Bom Jesus da lapa
Pedra Sozinha
10 de setembro
Festejos de N. Senhora da Conceição
Sítio Antônio Josina
05 de outubro
Dia em Homenagem aos Mártires de Canudos
Canudos
06 de outubro
Festejos de N. Senhora do Rosário
Rosário
12 de outubro
Festejos de N. Senhora Aparecida
Calumbi
12 de outubro
Festejos de N. Senhora Aparecida
Rio do Suturno
21,22, e 23 outubro
Romaria de Canudos
Canudos
1º de novembro
Festa de Todos os Santos
Angico
08 de dezembro
Festejos de N. Senhora da Conceição
Mandacaru
13 de dezembro
Festejos de Santa Luzia
Núcleo I, 50
31 de dezembro
Réveillon
Canudos
                                                                                                                               Fonte: Secretário de Cultura, Turismo, Esporte, lazer e Juventude
Rubenilson Macedo de Souza

Vale ressaltar alguns eventos mais significativos que ocorrem no município, como
sejam, os festejos de seu padroeiro Santo Antônio e da Romaria, realizados anualmente,
com o propósito de resgatar a religiosidade popular.

Aspecto Econômico-agricultura

Canudos, atualmente tem como potencial econômico a cultura banana irrigada, a caprinocultura, bovinocultura, o cultivo do quiabo, o extrativismo do umbu, a apicultura e a piscicultura e está inserido no polígono da seca, assim na área sequeira temos o milho, feijão, coentro para semente e o melão.
Apesar de possuí um açude com capacidade de acumulação 245 milhões de m3 de água e uma área irrigável de
Aproximadamente de 3.000 hectares, o município detém um dos piores índices de desenvolvimento humano do país, evidenciando duas Canudos: uma irrigada e outra altamente seca e carente.
Devido à guerra de Canudos – um dos acontecimentos mais importantes da historia do Brasil aqui ocorrido no final do século XIX, o município possui hoje grandes potencialidades voltadas para o turismo náutico, ecológico, histórico e cultural.
Localizado nas Regiões Econômica e de Planejamento Nordeste do Estado da Bahia, Canudos compõe a microrregião de Euclides da Cunha e está inserido no Território Sertão do São Francisco, possuindo uma superfície de 2.984,88 km2.
O município de Canudos possui uma importância regional fragilizada devido principalmente a sua dependência no que tange às atividades comerciais, industriais e de serviços, o que o coloca numa posição em que não consegue polarizar outros municípios, pelo contrário, é polarizado principalmente pelos municípios de Euclides da
Cunha e Juazeiro.

Comércio e serviço
Como no município as atividades de comércio e os serviços são restritos e voltados para algumas atividades básicas, as necessidades mais complexas demandadas para este ramo por sua população são supridas principalmente por Euclides da Cunha, o que possibilita uma transferência de recursos para este município, confirmando a tendência de pouco desenvolvimento destes segmentos em Canudos.
Além do comércio formal, destaca-se o comércio da feira semanal, realizada ao ar livre nas sextas-feiras, que atrai pessoas da sede, zona rural e diversos vendedores ambulantes regionais. Em barracas móveis e expostos ao chão encontram-se os mais diversos gêneros, tais como carne, frutas, verduras, redes, produtos de couro, roupas,
doces, queijos, artigos de palha, artesanato, aves, etc.
                                                                                                                                                                       Fonte: UNEB /Prefeitura municipal

Poder Politico, Legislativo e Executivo (Administração Municipal)

Canudos foi emancipado em 25 de Fevereiro de 1985, tendo sua primeira câmara Executiva em 1986 e que só durou 2 anos para acompanhar o calendário de eleições do TSE.
Ás eleições para presidente, vice-presidente, 1º Secretário e 2º Secretário da Câmara de vereadores acontece a cada 2 anos chamados de Biênio.

1º Biênio                                                                                                           2º Biênio
1° Câmara e Executivo de Canudos- BA (Gestão 86/88)
Prefeito: Manoel Adriano Filho
Vice-Prefeito: João Ribeiro Gama
Vereador/Presidente: José Neves Rocha Melo
Vereador/Vice-Presidente: João Tavares Sobrinho
Vereador/1°Secretário: Júlio Gonzaga da Silva
Vereador/2°Secretário: Alfredo Cardoso da Silva
Vereador: José Lúcio Rabelo de Araújo
Vereador: Antônio Geraldo Campos
Vereador: João Carlos Batista Lubarino
Vereador: José Pereira de Macedo
Vereador: Manoel Alves
1º Biênio                                                                                                           2º Biênio
2° Câmara e Executivo de Canudos- BA (Gestão 89/92)                                      Gestão 89/90
Prefeito: João Ribeiro Gama
Vice-Prefeito: José Uilton Gama
Vereador/ Presidente: Jose neves Rocha Melo                                     Presidente: Ugilson Alves Gama                                     
Vereador/ Vice-Presidente: Ugilson Alves Gama                                 Vice-Presidente: Roberto Gama dos Santos                 
Vereador/1°Secretário: : Julio Gonzaga da Silva                                   1°Secretário: Mariano Evangelista da Silva                   
Vereador/2°Secretário: Mariano Evangelista da Silva                         2°Secretário: Leôncio Ribeiro da Silva                           
Vereador: Jose neves Rocha Melo
Vereador: José Lúcio Rabelo de Araújo
Vereador: Manoel Alves
Vereador: João Tavares Sobrinho
Vereador: Julio Gonzaga da Silva
1º Biênio                                                                                                           2º Biênio
3° Câmara e Executivo de Canudos- BA (Gestão 93/96)                                         Gestão 95-96
Prefeito: Dr. Manoel Adriano Filho
Vice-Prefeito: José Dantas de Brito
Vereador/Presidente: Jailton Alves da Silva                                                Presidente: João Felipe Barbosa                                                          
Vereador/Vice-Presidente: Mariano Evangelista da Silva                         Vice-Presidente: Alfredo Cardoso da Silva
Vereador/1°Secretário: José Raimundo Gomes Muniz                             1°Secretário: Ana Maria Ferreira
Vereador/2°Secretário: Alfredo Cardoso da Silva                                      2°Secretário: Mariano Evangelista da Silva
Vereador: Ana Maria Ferreira
Vereador: João Felipe Barbosa (Líder pref)
Vereador: Adailton Santos Gama
Vereador: Valdy Ferreira Ramos
Vereador: Manoel Alves
1º Biênio                                                                                                           2º Biênio
4° Câmara e Executivo de Canudos- BA (Gestão 97/2000)                                     Gestão 99-2.000
Prefeito: João Ribeiro Gama
Vice-Prefeito: José Lúcio Rabelo de Araújo
Vereador/Presidente: Jose Neves Rocha de Melo                                     Presidente: Antônio Geraldo Campos                                 
Vereador/Vice-Presidente: José Raimundo Gomes Muniz                       Vice-Presidente: Manoel Alves        
Vereador/1°Secretário: Vicente J. da Conceição                                        1°Secretário: Adailton Santos Gama
Vereador/2°Secretário: Mariano E. da Silva                                                 2°Secretário: Valdy Ferreira Ramos
Vereador: João Felipe Barbosa de Almeida
Vereador: Adailton Santos Gama
Vereador: Manoel Alves
Vereador: Antônio Geraldo Campos
Vereador: Valdy Ferreira Ramos
1º Biênio                                                                                                           2º Biênio

5° Câmara e Executivo de Canudos- BA (Gestão 2001/2004)                                   Gestão 2003-2004
Prefeito: João Ribeiro Gama
Vice-Prefeito: Genário Rabelo de Alcântara Neto
Vereador/Presidente: Adailton Santos Gama                                             Presidente: Carlos Antônio Carneiro Sampaio
Vereador/Vice-Presidente: Maria Jacira do Amarante                             Vice-Presidente: Valdy Ferreira Ramos
Vereador/1°Secretário: Valdy Ferreira Ramos                                           1°Secretário: Adailton Santos Gama
Vereador/2°Secretário: Manoel Alves                                                         2°Secretário: José Maroto Almeida Ribeiro
Vereador: Mariano Evangelista da Silva
Vereador: Antônio Geraldo Campos
Vereador: João Felipe Barbosa de Almeida
Vereador: José Raimundo Gomes Muniz
Vereador: Jose neves Rocha de Melo
Vereador: Carlos Antônio Carneiro Sampaio
Vereador: José Maroto Almeida Ribeiro

1º Biênio                                                                                                           2º Biênio
6° Câmara e Executivo de Canudos- BA (Gestão 2005/2008)                               Gestão 2007-2008
Prefeito: Manoel Adriano Filho
Vice-Prefeito: Washington Luís Ferreira Rocha
Vereador/Presidente: José Raimundo Gomes Muniz                      Presidente: João Felipe Barbosa de Almeida
Vereador/Vice-Presidente: Murilo Cardoso da Costa                     Vice-Presidente: Catarino Vilanova Cardoso dos Reis
Vereador/1°Secretário: João Felipe Barbosa de Almeida               1°Secretário: Clédison Guimarães da Conceição
Vereador/2°Secretário: Clédison Guimarães da Conceição            2°Secretário: Jilson Cardoso de Macedo
Vereador: Catarino Vilanova Cardoso dos Reis
Vereador: Perpétua Alves Ramos
Vereador: Jilson Cardoso de Macedo
Vereador: José Soares Cézar
Vereador: Dilma Célia Rodrigues de Oliveira
Em 07/12/ 2006, o prefeito Manoel Adriano Filho perde a sua candidatura, dando o lugar ao seu concorrente, Adailton Santos Gama  torna-se Prefeito de Canudos em 08/12/2006.
1º Biênio                                                                                                           2º Biênio

7° Câmara e Executivo de Canudos- BA (Gestão 2009/2012)                              Gestão 2011-2012
Prefeito: Arcênio Almeida G. Neto
Vice-Prefeito: Washington Luiz F. Rocha
Vereador/Presidente: Antônio Geraldo Campos                                    Presidente: Jilson Cardoso de Macedo
Vereador/Vice-Presidente: Jamis Ferraz L. Dias de Oliveira                Vice-Presidente: Roberto Silva dos Santos
Vereador/1°Secretário: Jilson Cardoso de Macedo                              1°Secretário: Raimundo Andrade Gama
Vereador/2°Secretário: Roberto Silva dos Santos                                 2°Secretário: Jamis Ferraz L. Dias de Oliveira
Vereador: Clédison Guimarães da Conceição
Vereador: Dilma Célia R. de Oliveira
Vereador: José Raimundo G. Muniz
Vereador: Paulo Esdra Costa Alves
Vereador: Raimundo Andrade Gama
1º Biênio                                                                                                           2º Biênio
8° Câmara e Executivo de Canudos- BA (Gestão 2013/2016)                               Gestão 2013-2014
Prefeito: Genário Rabelo de Alcântara Neto
Vice-Prefeito: Márcio José Oliveira Gama
Vereador/ Presidente: João Felipe Barbosa de Almeida                      Presidente: Jilson Cardoso de Macedo
Vereador/ Vice-Presidente: Rômulo Sá Rebelo de Araújo                 Vice-Presidente: José Raimundo G. Muniz
Vereador/1°Secretário: Roberto Silva dos Santos                              1°Secretário: Osmar Pereira de Souza
Vereador/2°Secretário: José Albino de Carvalho                               2°Secretário: Paulo Esdra Costa Alves
Vereador: Clédison Guimarães da Conceição
Vereador: João Felipe Barbosa de Almeida
Vereador: Antônio Geraldo Campos
Vereador: Roberto Silva dos Santos
Vereador: José Albino de Carvalho
Vereador: Rômulo Sá Rebelo de Araújo
Vereador: José Alves da Paixão
Personalidades de Canudos
Pessoas que de alguma forma contribuíram para o melhoramento e crescimento de Canudos, muitas delas falecidas, e algumas vivas.
João de Régis (Fornecedor de Alimentos, um dos primeiro de Canudos, década de 70 Sec. XX 3º Canudos vivencio a guerra de Canudos e ajudou a construir a Segunda).
Bião de Canudos (Músico popular que o seu principal repertório é falar de Canudos).
Maria José ( Professora e Diretora, conhecida pelo seu empenho na educação).
João do leite (Fazendeiro, ajudou no desenvolvimento da cidade).
Genário Rabelo (Farmacêutico e enfermeiro, foi homenageado tento no hospital da cidade o seu nome).
Seu Dudu (enfermeiro).
Cornélio (enfermeiro).
Mariá (muito conhecida por fazer partos na cidade).
Enoque Canário (vereador, homenageado com um nome de umas das ruas da cidade).
Nininho (uns dos patriarcas da banda de pífano de Canudos).
Isaias Canário ( representante politico, conhecido por fazer o pedido do Açude de Canudos).
Joaquim de Zezé (Delegado da antiga Cocorobó).
Zezinho da Ema (conhecido por levar o reconhecimento musical para  o Brasil).
Zé Vital (Comerciante).
Zé do Barracão ( Fornecedor de Alimentos, um dos primeiro de Canudos, década de 70 Sec. XX 3º Canudos)
João Crente ( Fornecedor de Alimentos, um dos primeiro de Canudos, década de 70 Sec. XX, 3º Canudos)
Aloiso Batista ( Juiz desembarcador, filho de Canudos).
Tereza Lopes (Professora).